quarta-feira, 30 de abril de 2008

Resenhas


A todos os participantes das Rodas de Leitura.
Encontrei um site com algumas resenhas sobre o livro que estamos lendo "A menina que roubava livros". Adicionei postagens com as resenhas na íntegra para nos inspirar e um estímulo para cada um criar sua própria resenha. Escolha a resenha ou resenhas que deseja comentar. As resenhas estão também no Grupo e no Orkut, opine onde preferir.
Abraços
Suzeth

Release da editora

Release da editora

Entre 1939 e 1943, Liesel Meminger encontrou a Morte três vezes. E saiu suficientemente viva das três ocasiões para que a própria, de tão impressionada, decidisse nos contar sua história, em 'A menina que roubava livros'. Desde o início da vida de Liesel na rua Himmel, numa área pobre de Molching, cidade desenxabida próxima a Munique, ela precisou achar formas de se convencer do sentido de sua existência. Horas depois de ver seu irmão morrer no colo da mãe, a menina foi largada para sempre aos cuidados de Hans e Rosa Hubermann, um pintor desempregado e uma dona-de-casa rabugenta. Ao entrar na nova casa, trazia escondido na mala um livro, 'O manual do coveiro'. Num momento de distração, o rapaz que enterrara seu irmão o deixara cair na neve. Foi o primeiro dos vários livros que Liesel roubaria ao longo dos quatro anos seguintes. E foram esses livros que nortearam a vida de Liesel naquele tempo, quando a Alemanha era transformada diariamente pela guerra, dando trabalho dobrado à Morte. O gosto de roubá-los deu à menina uma alcunha e uma ocupação; a sede de conhecimento deu-lhe um propósito. E as palavras que Liesel encontrou em suas páginas e destacou delas seriam mais tarde aplicadas ao contexto da sua própria vida, sempre com a assistência de Hans, acordeonista amador e amável, e Max Vanderburg, o judeu do porão, o amigo quase invisível de quem ela prometera jamais falar. Há outros personagens fundamentais na história de Liesel, como Rudy Steiner, seu melhor amigo e o namorado que ela nunca teve, ou a mulher do prefeito, sua melhor amiga que ela demorou a perceber como tal. Mas só quem está ao seu lado sempre e testemunha a dor e a poesia da época em que Liesel Meminger teve sua vida salva diariamente pelas palavras, é à nossa narradora. Um dia, todos irão conhecê-la. Mas ter a sua história contada por ela é para poucos. Tem que valer a pena.

Resenha 3

Resenha 3

O que dizer de um livro onde, logo em suas primeiras páginas a narradora diz: "Eis um pequeno fato: você vai morrer". Não, não se assuste com a afirmação pois, apesar de realmente ser proferida pela própria Morte, você tem nas mãos uma história criada para virar um clássico. "É a história de um desses sobreviventes perpétuos, uma especialista em ser deixada para trás". A sobrevivente chama-se Liesel Meminger, uma menina que, abandonada pela mãe, para não morrer igual a ela, nas mãos dos nazistas, acaba entregue a um casal alemão numa cidadezinha perto de Munique, em 1939. Entre este ano e 1943, por três vezes Liesel encontrou a morte e por três vezes a venceu. A narradora, derrotada, explica: "É só uma pequena história, na verdade, sobre, entre outras coisas, uma menina, algumas palavras, um acordeonista, uns alemães fanáticos, um lutador judeu e uma porção de roubos... mas quando a morte conta uma história você deve parar para ouvir". O autor dessa pequena obra prima tem apenas 31 anos, chama-se Markus Zusak é australiano, e conseguiu com uma habilidade impar construir um libelo contra a tirania e o medo, usando para isso a linguagem, o amor aos livros e a palavra como sua principal arma. É conhecido por sua obra dirigida ao público infanto-juvenil, como o premiado "I Am the Messenger". Do Conselho Australiano de Livros Infantis, recebeu o Prêmio Livro do Ano para Leitores Mais Velhos. " A menina que roubava livros" está há 43 semanas na lista dos mais vendidos do New York Times. Encante-se.

Resenha 2

Resenha 2
Roubando pra saldar uma divida com a vida
Australiano cria uma história que promete agradar jovens e adultos
O jovem australiano Markus Zusak une em "A menina que roubava livros" (The book thief, tradução de Vera Ribeiro, Intrínseca, 500 pp, R$39,90), a literatura infanto-juvenil, no melhor estilo Harry Potter e a atual ficção adulta, lembrando ao mesmo tempo, o já citado Potter e "O Diário de Anne Frank". Um livro que explora com habilidade a miséria humana e celebra o poder da linguagem numa narrativa fascinante e uma linguagem inovadora.
O livro de Zusak conta as aventuras e desventuras de uma menina, uma vencedora, uma sobrevivente do Holocausto e seus encontros com a morte. Uma história reveladora, simbólica, divertida, engraçada, abstrata e metafórica, contada pela Morte, uma macabra narradora que o autor escolheu para dar um passeio às pequenas histórias que definem a grandiosidade do ser humano. Ambientada em 1939, na Alemanha nazista, no momento que a menina é abandonada por sua mãe, para não morrer em um campo de concentração, entregue a um casal alemão da cidadezinha de Molching, perto de Munique, onde sofre nas mãos de sua mãe, uma espécie de madrasta. Durante os anos de 1939 e 1943, por três vezes encontrou a morte e por três vezes a venceu.
Markus Zusak ganhou notoriedade a partir desse livro, com apenas 31 anos, figurou durante 43 semanas na lista de best sellers do jornal "The New York Times". Inspirado nas conversas que Mark ouvia de seus pais sobre a infância na Alemanha - a ascensão de Hitler, o fanatismo nazista e o Holocausto.
Lembrando a narrativa fictícia de Lemony Snickett, autor de Desventuras em série, porém com menos sagacidade, Zusak coloca a personificação da própria Morte no papel de narradora. Em uma linguagem inteligente, a "ceifadora de almas" constrói junto ao leitor uma relação de respeito e admiração, como uma storytelling – contadora de histórias – ela não se coloca com um mal irremediável, mas a gentil passagem para o fim da vida. E é com um aviso que ela começa sua história, "Eis um pequeno fato: você vai morrer", pesarosa narra a vida de uma sobrevivente, daquelas sobreviventes perpetuas, uma especialista em ser deixada para trás, uma menina que roubava livros de nome Liesel Meminger. Sobre sua história, a morte escreve pra o seu leitor "É uma dentre muitas que carrego cada qual extraordinária por si só. Cada qual uma tentativa – uma tentativa que é um salto gigantesco – de me provar que você e a sua existência humana valem a pena.".É possível sentir-se oprimido e impressionado em alguns momentos do romance, mas o impacto que ele causa é a sua própria força. Inovador na sua linguagem, o autor alterna a linearidade narrativa com antecipações de fatos da própria história.
A menina que roubava livros é um conto longo e envolvente, pontuado pelos comentários da narradora. Uma história audaciosa que com certeza se tornará um clássico da literatura mundial e ler-se-á admirando extensamente o cenário perfeito em que os livros se transformam em tesouros e que resistiram à tirania, ao medo e à morte.
Um dos melhores livros já publicados até agora, recomendado para todos os pais e indicado para todos os adolescentes e jovens, todos irão se surpreender com a menina Liessel.
Cadorno Telles

Resenha 1

Resenha 1
A menina que tecia a vida com as palavras

Raros autores revelam uma poética tão inteligente, refinada, bem-humorada e sarcástica como Markus Zusak. A poesia que perpassa "A Menina que Roubava Livros" emociona o leitor sem ser piegas, desperta nele tanto alegria como tristeza, tanto revolta, quanto um certo conforto moral. Há muito tempo o escritor pensava em escrever sobre um personagem que furtava livros, mas sua idéia ainda não estava amadurecida. Quando pensou em unir este desejo ao de retratar o que seus pais haviam experimentado na época do Nazismo, nasceu este livro inesquecível.
Markus destaca neste romance a importância das palavras em um dos momentos mais dolorosos já vividos pela Humanidade. Realmente, ao lado da protagonista, Liesel Meminger, e de seu companheiro de aventuras Rudy Steiner, brilham as palavras, personagens especiais deste enredo, sempre no centro da ação, nas entrelinhas ou na tessitura da narrativa. Palavras que constroem e destroem, que Liesel ama e odeia. As cores também se sobressaem nesta história que se passa na época do Nazismo, em plena Alemanha hitleriana, narrada por ninguém menos que a Morte, sob o ponto de vista desta e com seus comentários geniais intercalados à narrativa. Aliás, esta narradora tem um jeito bem peculiar de interpretar as lembranças de Liesel, gravadas em seu diário – na verdade um livro, no qual a menina se reconcilia com as palavras e grava a essência de sua existência -, perdido durante a Guerra e resgatado pela Morte, que o traduz ao leitor.
Para a narradora, não importa saber o que vai ocorrer no final do romance, o mistério suspenso, mas sim o trajeto narrativo e toda a riqueza inerente a ele – os recursos estilísticos, a prosa poética, a magia oculta nas entrelinhas, a emoção e o humor inusitado que se revelam aqui e ali, as surpresas lingüísticas, as tiradas metanarrativas, muitas vezes irônicas, doadas ao leitor pelo autor, através de sua narradora. Desta forma, o escritor questiona a narrativa tradicional, os mecanismos estratégicos que geram e mantêm o suspense, até a solução final do enigma, os quais condicionam a história à resolução deste, desprezando muitas vezes o valor da narração, as riquezas que dela podem ser extraídas. O autor propõe aqui uma valorização do percurso, dos recursos narrativos, da apropriação da linguagem como o próprio núcleo do enredo.
Nesta obra, o autor, através da Morte, tenta provar a si mesmo e ao leitor que a vida, apesar de tudo, vale a pena. Ele se confronta com os fantasmas de seu próprio passado, presentes na trajetória de sua família durante o Nazismo. Reflexões inusitadas, de pura ironia lírica, conquistam os que lêem este romance, desde as primeiras linhas, quando se percebe claramente quem é a contadora desta e de outras histórias, e qual é o seu estilo. Mesmo assim, pode-se dizer que cada etapa da leitura nos surpreende e encanta, até quando acreditamos que o autor já esgotou toda a sua capacidade criativa. Passagens como "As labaredas cor de laranja acenavam para a multidão, à medida que papel e tinta se dissolviam dentro delas. Palavras em chamas eram arrancadas de suas frases", referentes a uma fogueira de livros proibidos, dão espaço a outras ainda mais poéticas e irônicas. Elas se sucedem na tentativa de transmitir ao leitor o clima perturbador que pairava sobre a Alemanha Nazista.
Os caminhos da Morte e de Liesel Meminger se cruzam três vezes entre 1939 e 1943. Mas Liesel é uma sobrevivente, o que impressiona a ceifadora de vidas. Assim esta, fascinada pela garota, decide narrar sua história, ao se apropriar involuntariamente de seu diário. Esta narrativa é apenas uma entre as que a Morte poderia contar, escolhida no acervo de experiências que ela transporta em si, tentando compreender a natureza humana e a importância de sua existência. Liesel também está em busca do sentido de tudo que vive, em meio à miséria, à morte e à destruição. Nesta cruzada pela compreensão da essência da vida, a garota é guiada pelas palavras, que coincidentemente ou não a perseguem desde sua primeira perda, a do irmãozinho que ela vê morrer a seu lado, em um trem no qual é levada para uma nova vida, não necessariamente desejada por ela. Neste momento, ela se encontra diante da primeira oportunidade de furtar um livro, e é justamente a companhia das histórias que dão à menina, no centro da destruição provocada pela guerra - que oferece à Morte um trabalho redobrado -, um eixo de sustentação e um certo sentido para sua existência.
Todos um dia terão um encontro marcado com a narradora desse livro, mas apenas Liesel Meminger tem o privilégio de ter sua história narrada por ela. Mas também não é qualquer um que sobrevive a uma guerra como esta, vendo tudo e todos desabarem à sua volta, não é qualquer uma que amadurece e permanece viva ao encontrar um propósito maior para sua vida, justamente nas páginas de um livro, ou posteriormente, de um diário. Sim, parece que a Morte, ao contrário de todos os prognósticos, tem coração, e o revela ao escolher a trajetória de Liesel para transmitir ao leitor. Aliás, há muitas passagens em que esta narradora revela seu lirismo, sua ternura, seus cuidados com almas exaustas e envenenadas pela dor e pela crueldade da Guerra, até mesmo sua indignação e revolta com os extremos da desumanidade que atingem os requintes nazistas. Nestes momentos, a Morte, que é uma ótima observadora, percebe reflexos desta ideologia bárbara na própria Natureza, ora na "fuga das próprias nuvens", ora nos contornos loiros do Sol ou no imenso e assustador "olho azul do ar" que não se consegue mais respirar.
Outras histórias dentro da história aparecem ao longo do enredo – as dos livros roubados pela Menina, as dos que ela ganha em seus aniversários, desde as narrativas inerentes ás obras até as que envolvem seu furto ou a forma como foram presenteados - cigarros trocados por livros, ou histórias escritas e pintadas em um livro como o "Mein Kampf" ("Minha Luta"), de Adolph Hitler. Cada uma destas estórias é um retrato a seu modo da Alemanha Nazista, e enriquece ainda mais a narrativa principal. Cores, desenhos, palavras, livros, aventuras vividas por Liesel e Rudy, amizades construídas sobre a dor, a miséria, a luta pela sobrevivência, como a da garota e seu pai adotivo, Hans, e a da menina com Max, um judeu que cruza sua vida e a marca definitivamente. Desta forma o autor vai tecendo o panorama desta época sombria, compondo seus contornos cada vez mais macabros, mas também permeados por aventuras infantis e sentimentos nobres.
Markus Zusak é um escritor que se revela cada vez mais brilhante. Autor de "Fighting Ruben Wolfe", "Getting the Girl" e "I Am the Messenger", recebidos com aclamação pela crítica, obteve o Prêmio Livro do Ano para Leitores mais Velhos, doado pelo Conselho Australiano de Livros Infantis. Este australiano de 32 anos mora atualmente em Sydney, na Austrália. Com certeza ele consagra sua carreira com "A Menina que Roubava Livros", um romance inusitado, poético, arrebatador. Impossível parar de ler, ainda mais difícil esquecê-lo.
Por Ana Lúcia Santana

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Filmes para apreciarmos outras práticas de leitura



Elegemos nossa árvore, como local para a leitura do livro: "Inútil" a árvore. Um livro rico, que fala da importância que devemos dar as todas as nossas árvores.
Adicionado em: 28 de novembro de 2007




Existem histórias fascinantes que precisam ser contadas. Ah, a nossa turminha adora estas história. Vejam só!!!!
Adicionado em: 13 de setembro de 2007



Maria Irene Maluf, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia, fala sobre como criar o hábito da leitura nas crianças.
Adicionado em: 22 de fevereiro de 2008

Espero que apreciem!
Forte abraço,
Marilene