No site abaixo,
http://www.leopoldina.com.br/~jggouvea/Cronicas/FurtoDeIdeias.html,
"Furto de Idéias
Ultimamente temos visto a difusão do fenômeno da citação de textos de autoria duvidosa. Apócrifos sempre existiram, mas sua popularidade nunca foi tanta, graças à facilidade oferecida pela Internet. Há, porém, certas interessantes diferenças entre os novos e os velhos apócrifos…
Apócrifos de Hoje
Ser famoso tem muitas inconveniências que nem é preciso ser famoso para conceber. Luís Fernando Veríssimo e Mário Quintana que o digam. Estes são dois grandes escritores brasileiros cujos nomes são freqüentemente associados a obras que positivamente não escreveram. Veríssimo tem sido pouco prejudicado, já que na média os textos que lhe são atribuídos costumam, pelo menos, ser engraçadas. Tanto que ele já declarou, ironicamente, que não se envergonharia de ter escrito um deles, o famoso “Não Use Drogas”, uma sátira acachapante da música comercial brasileira. Quintana, porém, não tem a mesma sorte.
Por causa de seu estilo “popular” o escritor gaúcho costuma ser associado a obras do gênero auto-ajuda ou textos cheios de “pregation”. Na verdade Quintana era um intelectual sofisticado, seus textos só parecem “populares”, na verdade são geniais.
Uma coisa que salta aos olhos no caso dos textos atribuídos a Quintana é que muitas vezes eles divulgam idéias sobre as quais o autor jamais escreveu, ou até contrárias ao que ele, de fato, sempre professou. Quintana jamais escreveria textos de “pensamento positivo” barato e nunca faria pregação evangélica (ele que se declarava agnóstico e usava o nome de Deus apenas casualmente), entre outras coisas".
Leia na íntegra e contribua divulgando sites e citações indevidas.
Um comentário:
Tema interessante esse... Me faz pensar em alguns paralelos. Esse "surto" de "Furto de idéias" na internet é resultado, ou efeito colateral, de nossos mais recentes "hábitos sociais virtuais" que, em concordância com a vertiginosa velocidade que nos dispomos a viver o dia-a-dia, fazem com que não prestemos atenção nas mínimas ações cotidianas. Reflexos do "trânsito que tem de andar rápido", do "Fast-Food" que temos de comer rápido, da fila que tem que andar rápido, etc etc ... Acabamos adotando o hábito de não ler nada com calma. Criamos o "Fast-reed". Os textos tem que ser curtos, rápídos e "superficiais"... Não nos aprofundamos em nada e, consequentemente, não damos a mínima importância ao "furto de idéias". O texto pode estar assinado por qualquer um ... não me preocupo em saber se o autor é verídico, assim como não me preocupo em aprofundar o tema. A geração do "Furto de idéias" é a mesma do "Fast-Food" e segue a mesma cartilha... Infelizmente!!!
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